Sem sombra de dúvidas, José Leopoldo Ribeiro é um dos personagens de nossa cidade mais conhecidos de todos os tempos.

A admiração para com José Leopoldo, o respeito a que se referem no nome dele, marcam e mantem viva a memória de um homem simples, que auxiliou diversas pessoas através de suas palavras e atitudes.

Por intermédio dele, atribuem-se curas verdadeiramente milagrosas e até inexplicáveis a luz da ciência.

José Leopoldo, mesmo não sendo arcoense de nascimento, escolheu nossa cidade, mais propriamente a comunidade de Calciolândia como o seu lar.

Continua após a publicidade

Sua memória deve ser preservada e contada para as futuras gerações.

O Jornal CCO, contou um pouco dessa história em 07/09/2016 que a gente reproduz abaixo.

Nascido em Esmeraldas, José Leopoldo Ribeiro começou sua caminhada no que os espíritas chamam de Plano Terrestre, em 22/11/1922. Logo cedo, mudou-se para Belo Horizonte, onde começou a trabalhar no laboratório do hospital São Francisco Assis. Tempos depois foi trabalhar na Casa das Lentes, também em Belo Horizonte, onde conheceu Dr. Roberto Andrade, que o convidou para trabalhar no setor de Análises da indústria São Miguel em Arcos. José Leopoldo chegou a Arcos em 1942, aos 22 anos, de trem e chegou a morar na Fazenda dos Andrade.

Continua após a publicidade

José Leopoldo trabalhou na indústria e, já naquela época, realizava exames em geral nos laboratórios da fazenda. Naquele tempo, José Leopoldo tinha um pequeno posto de medicamentos que foram trazidos de BH para atender várias pessoas.

Ele chegou a realizar até mesmo partos. Segundo Marli, uma das filhas, a procura por ele foi aumentando e, além da experiência, ele ainda tinha o lado espiritual muito forte, ajudado por seus mentores.

►A família e a mediunidade

Continua após a publicidade

Marli conta que seu pai e sua mãe, Maria José Ribeiro, se conheceram no laboratório da indústria. “Eles se conheceram lá. Mais tarde se casaram e formando uma família grande com os filhos: Maria Margarida, Márcia Maria, Marli Maria, Vânia Aparecida, Zélia Coutinho e José Leopoldo Júnior”.

Segundo Marli, na família a mediunidade é comum, sendo um dom para cada situação. “Meu pai já sentia desde criança que tinha dons mediúnicos.

Quando foi para Belo Horizonte trabalhar no hospital, a mediunidade já tinha aflorado e ele já ajudava muita gente.

Continua após a publicidade

Depois de um tempo, começou em Calciolândia, onde se reunia com companheiros como Antônio Fortunato Neto, Luís Fontes e sua esposa Julieta, para tratar de assuntos relacionados.

Márcia, minha irmã, tem a mesma mediunidade do meu pai: o dom da cura! Todos os filhos possuem um tipo de mediunidade diferente, e alguns netos também”, completou Marli.

De acordo com Marli, o pai sentia quando uma pessoa estava sob influência negativa de outras entidades.

Com a força mediúnica, ele conseguia fazer com que essas entidades se retirassem. “Ele incorporava às vezes, e sentia os problemas das pessoas. Meu pai foi médico em outras vidas, um médico que visava à parte material. Era um excelente médico, muito famoso, e nesta vida ele veio para exercer, sem se voltar ao materialismo, ao dinheiro. Veio para trabalhar mais a parte espiritual”, revelou Marli.

►Ajuda espiritual e inspiração

De acordo com Marli, é impossível definir um número de pessoas que José Leopoldo atendeu, e que eram pedidos de ajuda vindos de todos os lugares. “Hoje são muitas pessoas que se lembram de situações onde o pai ajudou”, disse Marli. De acordo com a filha, José Leopoldo ainda ajuda muito as pessoas, mesmo estando em outro plano espiritual, por meio da incorporação em vários centros. José Leopoldo atendeu no período de 1942 até 1988, quando faleceu. 

Parte da produção do filme Faroeste foi inspirada na história de José Leopoldo, onde o personagem atendia espiritualmente várias pessoas. 

Segundo Marli, são muitas histórias de pessoas que se tornaram agradecidas por terem descoberto que seus males muitas vezes não eram de origem física, e sim, espiritual. Foram muitos casos.

“Não tenham medo, eu estarei sempre por perto”

Segundo o empresário Vicente Paulo, que conheceu José Leopoldo, um caso interessante foi de um médico, pai de filhos também médicos, que exigiu que eles o levassem até José Leopoldo para que ele pudesse tratar um problema sério de saúde que o mesmo enfrentava.

Os filhos contestaram o pedido do pai, dizendo que, por ser um profissional da medicina, não faria sentido a visita.

O médico se manteve firme, até conseguir ir ao encontro de José Leopoldo, quando foi tratado por ele e viveu bem por vários anos.

O casal Lia Lopes e Achilles conta que ficou marcado na vida deles uma frase que sempre ouviam de José Leopoldo em momentos de aflição: “Não tenham medo, eu estarei sempre por perto”. Em uma determinada passagem, em um passeio a um local afastado, um problema aconteceu e uma das filhas do casal começou a passar mal.

No local não tinha médico. Dona Lia conta que rezou para José Leopoldo e pediu que ele os ajudasse junto a Deus. Em um súbito momento, uma senhora com características de freira entrou no quarto procurando a pessoa enferma.

Ao passar por Dona Lia, a senhora disse em bom tom: “Não tenham medo, eu estarei sempre por perto”.

O casal conta que uma energia maravilhosa tomou conta do ambiente, e logo que a senhora saiu do quarto, a filha se recuperou. Achilles e Lia estão certos de que foi um pedido atendido pelo amigo José Leopoldo. 

Segundo Marli, a família mantém contato com ele e recebe notícias, mas ninguém o incorpora. Ela também diz que é muito grande a quantidade de depoimentos de pessoas que receberam boas energias ou tiveram um problema resolvido.