Confesso algo a você: entre os canais de aprendizagem — auditivo, visual e cinestésico — o auditivo sempre foi o meu ponto mais frágil.
Por muito tempo, precisei me perceber errando justamente na escuta e, com humildade, corrigir a rota em várias áreas da minha vida. Essa jornada me mostrou que ouvir é muito mais do que estar em silêncio: é estar presente, com atenção e disposição para compreender o outro.
Na família, percebi que muitas vezes estava tão ocupada em falar, orientar ou resolver que não me dedicava a simplesmente ouvir. Foi quando entendi que minhas filhas precisavam mais de escuta do que de respostas prontas. Essa mudança de postura trouxe mais diálogo, mais confiança e fortaleceu ainda mais nossos laços.
No trabalho, esse aprendizado foi ainda mais desafiador. Ao longo da minha trajetória no mercado financeiro, percebi que quando não exercitava a escuta verdadeira, criava barreiras invisíveis entre mim e a equipe.
Com o tempo, compreendi que líderes que sabem ouvir constroem relacionamentos saudáveis, despertam o melhor das pessoas e, como consequência, alcançam melhores resultados financeiros e organizacionais. Quando aprendi a dar espaço para a fala do outro, vi surgir ideias inovadoras, soluções criativas e maior engajamento - e isso se reflete diretamente na prosperidade de uma empresa.
Na vida financeira pessoal, a escuta também tem seu papel. Prestar atenção às minhas próprias emoções e aos sinais de alerta que antes eu ignorava. Quantas vezes a pressa de decidir ou a ansiedade me levaram a escolhas menos acertadas.
Hoje entendo que ouvir - especialistas, histórias de quem já trilhou o caminho e, principalmente, minha consciência é essencial para agir com sabedoria.
Ouvir é um ato de humildade e coragem. A Bíblia nos orienta: “Seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (Tiago 1:19). Esse ensinamento me inspira a cultivar paciência, respeito e abertura para aprender. Desenvolver a escuta ativa não é simples, mas é transformador. Desligar distrações, olhar nos olhos, não interromper e fazer perguntas que demonstrem interesse genuíno são gestos que mudam lares, empresas e até a forma como cuidamos do dinheiro.
Ao exercitar a escuta, descobri que não apenas aprofundei relacionamentos, mas também criei ambientes mais leves e produtivos, tanto na família quanto no trabalho.
Você também pode colher esses frutos: paz no lar, confiança no ambiente profissional e decisões financeiras mais conscientes. Estudos em psicologia mostram que a escuta ativa reduz conflitos, fortalece vínculos e aumenta a colaboração, impactando diretamente nossos resultados pessoais e profissionais.
Escutar é mais do que uma habilidade: é uma escolha diária de respeito, conexão e crescimento. Compartilhei aqui parte da minha jornada para inspirar você a olhar para a sua.
Pesquisas em neurociência comprovam que quando ouvimos com atenção, nosso cérebro libera ocitocina, hormônio ligado à empatia e à confiança, o que fortalece laços e abre espaço para novas possibilidades. Se você decidir desenvolver essa prática, vai perceber que ouvir de verdade é abrir caminho para uma vida mais plena, equilibrada e próspera.
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