Aarhus, na Dinamarca, me recebeu com dias longos, um verão frio para nós brasileiros rsrs, bicicletas por todos os lados e uma atmosfera que respira simplicidade, gentileza e propósito. Foi nesse cenário vibrante e inspirador que vivi uma das experiências mais significativas da minha jornada como líder e como ser humano. Durante uma semana, mergulhei na Kaospilot School — uma escola que nos provoca a ser mais do que gestores: facilitadores de experiências, líderes com alma, pilotos do caos.
A Kaospilot não entrega fórmulas prontas. Ela nos desafia a sair do piloto automático e desenvolver a capacidade de encontrar direção mesmo em meio à incerteza. Em tempos caóticos como os que vivemos, onde o mundo muda a cada instante, essa é uma habilidade essencial. Mais do que liderar equipes, aprendemos a liderar a nós mesmos com coragem e presença.
Escutar tornou-se, para mim, um aprendizado profundo. Escutar com os olhos, com o corpo, com o coração. A escuta ativa e sistêmica que aprendi por lá não se limita às palavras — ela acessa o que está por trás dos silêncios, dos gestos, das emoções. Uma escuta assim transforma não só reuniões, mas também relações e decisões.
Outro grande presente foi perceber que criatividade e inovação nascem, muitas vezes, da simplicidade. Os dinamarqueses vivem com propósito e fluidez.
Eles confiam no coletivo, respeitam os espaços e valorizam a conexão humana. Trouxe comigo, ainda mais forte, a importância da humildade de aprender e reaprender todos os dias, reconhecendo que inovar não é criar algo genial sozinho, mas cocriar com o outro, com escuta, respeito e intuição.
Estar em um país com uma cultura tão diferente me mostrou que conviver com o novo amplia nossa visão, desafia nossas certezas e nos convida a crescer em empatia.
Aprender com o outro é uma das formas mais bonitas de nos tornarmos melhores seres humanos e líderes mais conscientes.
Minha profunda gratidão ao Sistema OCEMG, que investe de forma tão generosa na formação de líderes cooperativistas com visão de futuro. Ao Sicoob União Centro Oeste, por permitir minha participação nessa missão com tanta confiança. E aos companheiros de jornada, que compartilharam comigo suas vivências, reflexões e silêncios.
Voltei com o coração cheio e a mente expandida. Porque, mesmo no caos, é possível encontrar direção. Mas isso exige presença, coragem, criatividade — e uma boa dose de humildade para se reinventar sempre.
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