Vivemos em um mundo cada vez mais veloz, imprevisível e exigente. Como diretora executiva responsável pela área de tecnologia em uma grande instituição financeira, sinto diariamente o impacto de um mercado disruptivo, que nos obriga a inovar em ritmo acelerado, garantir segurança cibernética robusta e, ao mesmo tempo, formar pessoas preparadas para lidar com tecnologias emergentes sem perder sua humanidade. Esse é um dos grandes desafios da atualidade: integrar ferramentas de Inteligência Artificial ao cotidiano profissional com consciência, equilíbrio e estratégia.

A IA não é uma ameaça para quem decide caminhar com ela. Pelo contrário, trata-se de uma poderosa aliada para ampliar a produtividade, otimizar rotinas e fortalecer a performance, desde que usada como meio, não como fim... tenho uma companheira de trabalho que está sempre nos lembrando dessa grande verdade.

Um exemplo prático é o uso de plataformas como o ChatGPT ou o Copilot para criação de textos, elaboração de relatórios, brainstorming de ideias e até mesmo revisão de processos complexos. Já para profissionais da área comercial, sistemas de IA ajudam na análise de comportamento de clientes, previsão de vendas e personalização de atendimentos. Em áreas como saúde, educação, marketing e engenharia, os benefícios também são inúmeros — basta observar com atenção onde a tecnologia pode somar.

Mas para que isso aconteça de forma eficaz, é essencial desenvolver o que chamo de "inteligência emocional aplicada à tecnologia": saber identificar quando automatizar, quando priorizar o toque humano e, principalmente, manter o senso crítico diante das ferramentas. Em minha experiência, percebo que quem mais cresce nesse cenário não é quem domina tudo tecnicamente, mas quem é capaz de conectar razão e emoção, dados e empatia, inovação e propósito.

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Não se trata apenas de investir em softwares sofisticados ou soluções mirabolantes. Trata-se de investir em gente. De capacitar equipes para usar a IA com ética, discernimento e intenção clara. Afinal, por trás de qualquer tecnologia de ponta, ainda há um ser humano fazendo escolhas.

Por isso, reforço: a tecnologia não veio para substituir, e sim para potencializar quem está disposto a aprender com ela. Não adianta resistir. Aceita que dói menos — e mais do que isso, aprende que evoluir junto com a IA é uma estratégia inteligente de carreira e de negócio. Equilíbrio é a chave: usar o que há de melhor da tecnologia, sem abrir mão do que nos torna humanos.

Eu também estou nessa jornada. Todos os dias me desafio a aprender, a adaptar e a manter o foco no que realmente importa: fazer entregas com sentido, valor e resultados reais. Acredito, com convicção, que se estivermos dispostos a evoluir, conseguiremos extrair o melhor da IA para nossas vidas e para nossos negócios.

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