Ser mãe é uma das maiores aventuras que a vida pode nos oferecer. E, ao mesmo tempo, uma das mais desafiadoras. Desde os primeiros dias com o bebê nos braços, tudo muda: o corpo, a rotina, os sentimentos… e, principalmente, a forma como enxergamos o mundo. Vem o amor, esse amor que “dói” de tão grande. Mas junto dele, chegam também as dúvidas, os medos, as culpas silenciosas que tantas de nós carregamos no peito.
Conciliar a maternidade com a carreira, com os cuidados da casa, com o autocuidado – ah, esse que tantas vezes deixamos por último – é um malabarismo diário. Somos, muitas vezes, as primeiras a acordar e as últimas a dormir, mesmo quando o corpo pede pausa e a mente grita por descanso.
Não existe fórmula mágica. E está tudo bem. Eu também erro, eu também me cobro, eu também choro escondida no banheiro tentando ser forte. E aprendi que errar faz parte do caminho. Quando isso acontecer – porque vai acontecer –, o mais importante é ajustar o passo, corrigir com amor e seguir. A maternidade me ensinou que perfeição é um peso desnecessário e que presença, empatia e escuta são muito mais valiosas.
Vivemos múltiplos papéis ao longo do dia – somos mães, profissionais, companheiras, cuidadoras, conselheiras, amigas. E mesmo assim, sempre nos perguntamos: “estou fazendo certo?”. A resposta é que estamos fazendo o nosso melhor. E isso já é mais do que suficiente.
A maternidade me transformou profundamente. Me tornou uma mulher mais sensível, mais forte, mais humana. Me tornou uma profissional mais empática, mais flexível, mais real. É como se o amor que nasceu com meus filhos tivesse me reconstruído em uma versão mais inteira de mim mesma.
O amor de mãe se assemelha ao amor de Deus: é sem medidas, sem cobranças, sem julgamentos. É simplesmente amor. Incondicional, presente, eterno.
E é por isso que, próximo do dia “Dia das Mães”, eu escolhi chamar essa homenagem de “O Milagre diário de ser Mãe”. Porque é isso que vocês são: um milagre em movimento. Um milagre que se renova a cada manhã em forma de cuidado, colo, paciência, renúncia, afeto. Um milagre que resiste ao cansaço, que sorri no meio do caos, que escolhe amar mesmo quando tudo está muito difícil. Que possamos reconhecer, todos os dias, a grandeza que existe em ser mãe – com todos os desafios, imperfeições e maravilhas, bençãos sem medidas que essa jornada traz.
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